Estava caminhando mais uma vez sozinho, mais uma vez
pensativo. Tinha em mente tantos pensamentos aleatórios que estava difícil me
ater a um só. A caminhada prosseguiu e quando me dei conta os pensamentos
haviam ido embora deixando para trás apenas um: quem realmente sou. Uma questão
profunda, diga-se de passagem, mas ainda assim muito interessante. Comecei a
procurar uma resposta e cheguei à conclusão de que não tinha uma, de início
fiquei assustado como não conseguia definir a mim mesmo.
Chegando
em casa fui para o banho e enquanto a água escorria pelo meu corpo a pergunta
girava na minha cabeça: quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu? Aquilo estava me
causando certo desconforto, precisava falar com alguém sobre. Melhores amigos
sempre sabem o que dizer, pelo menos era o que eu pensava. Contando para poucas
pessoas sobre minhas dúvidas todas me ajudaram a seu modo, mas infelizmente
nenhuma me deu uma resposta. Foi preciso olhar para dentro de mim e me
entender. Finalmente havia chegado a uma conclusão.
Sou quem preciso ser, uma pessoa tão
normal quanto qualquer outra, com defeitos e qualidades (mais defeitos do que
qualidades...) e capaz de amar, chorar, rir, gritar. Depois dessa reflexão tudo
que eu mais queria era falar para todos quem eu realmente sou. Mas não posso
por nem todos enxergarem o próximo como ser humano, como pessoa; alguns
enxergam o outro como aberração por ter alguma característica diferente da sua.
Espero que um dia todos se preocupem mais em amar as pessoas e não em julgar o
que é certo ou não para elas...
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